Pílula do dia seguinte vira medicamento de rotina

Anticoncepcional de emergência, a chamada "pílula do dia seguinte" vem sendo usada cada vez mais pelas mulheres, em especial as adolescentes, como medicamento de rotina.
Embora não haja estatísticas oficiais no Brasil, relatos de ginecologistas e hebiatras (médicos especializados em adolescentes) alertam sobre o problema. 


"Já atendi adolescente que em três meses tomou a pílula do dia seguinte quatro vezes", diz o presidente do Departamento da Saúde do Adolescente da Associação Médica, Paulo César Ribeiro, que explica que o medicamento só deve ser tomado em casos de emergência - quando há violência sexual, rompimento da camisinha ou se a mulher se esquecer de tomar o anticoncepcional.
Os efeitos colaterais do medicamento são desequilíbrio hormonal, náuseas, cefaleias (dores de cabeça) e até mesmo AVC (Acidente Vascular Cerebral). "É um medicamento que deve ser administrado somente em urgência ou esporadicamente. A concentração hormonal nele é muito alta", diz o ginecologista Aguinaldo Lopes, professor da Faculdade de Medicina da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais).
Na opinião do psicanalista Valdeci Fernandes Buzon, "indiretamente, a pílula do dia seguinte estimula a relação sem o uso do preservativo".
O hebiatra Paulo César Ribeiro explica que, além dos riscos em função da alta dosagem de hormônios do medicamento, o uso contínuo faz com que a eficácia caia em 50%.

FONTE: R7 Notícias

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